Esse ano parece ser o ano das despedidas de pessoas a quem admiro...
Sete dias se passaram, desde que ele se foi. Mas eu simplesmente não conseguia escrever nada condizente ao que ele merecia.
Muitas vezes discordamos de vários assuntos. Eu, na época meio metido a "The Fodas Man", quase sempre rebatia os assuntos debatidos utilizando-me de ironia... Ele, calado e calmo, expressões comuns de quem tem razão em embates filosóficos, sempre ria terno.
Mesmo que ninguém soubesse, eu até provocava situações-limites para o confronto de idéias. Eu encarava como ginástica-mental, rebater cada argumento solidamente utilizado por ele. Um jogo de xadrez, onde eu sempre levava xeque pastor.
Na hora de derrubar meu rei, eu sempre esperneava. E ele ria, sempre sereno...
Hoje, na missa de sétimo dia, foi o único dia de minha vida em que senti inveja de quem foi ao encontro do Pai. Explico:
O filho dele escreveu (e leu, na missa) um dos mais belos textos ao qual eu já escutei. Relembrou cada momento marcante, cada inter-relação entre fatos aparentemente banais e a admiração que o filho sentia. Re-lembrou os momentos mais marcantes da vida da família, onde sempre o pai estava perto. Mesmo longe. Mas perto.
E pensei:
Felizes dos que deixam lembranças boas nos descendentes, felizes dos que são lembrados pelos conselhos que nos deixam, felizes os que são lembrados e amados pelos filhos.
Felizes dos que, mesmo com todos os percalços que a vida nos dá, sempre deixam exemplos bons a serem seguidos...
Felizes os que têm menos erros que acertos, mais felizes ainda dos que fazem dos erros alavancas para os acertos futuros...
Grande abraço, "Seu" Aldo. Até breve.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Mais um que se vai...
21:41
João Bosco De Oliveira
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