quinta-feira, 7 de junho de 2007

Sobre felicidade inconsciente e outros leriados...

Sabem aqueles momentos em que (do nada) começamos a rir descompensadamente, feito loucos recém-fugidos do hospício?
Cada vez menos nos damos a esse "luxo". Preferimos nos irritar com o engarrafamento do trânsito, com a fila que não anda, com a música alta do vizinho, com a convocação da seleção brasileira, com a nossa própria irritação...
Em suma: Preferimos parecer loucos irritados que malucos felizes.
Eu também era um louco irritadiço. Também era como todas as outras pessoas que esmurram o volante do carro quando o carro da frente está lento. Como todos os que ficam vermelhos ao ter que esperar um velhinho ser atendido na sua frente, no guichê do banco...
Mas, porém, contudo, todavia... Nasceu a Maria Jullya com a nobre missão de "colocar o tio nos eixos".
Como a missão era deveras árdua para uma recém-nascida criança, eis que (um ano depois) nasce Arthur Gabriel.
Juntos, essa "dupla dinâmica" reestruturou meu mundo. Fez uma verdadeira reengenharia em minha vida...
Observando-os, notei que o mundo deles era bem mais "cruel" que o meu: Eles eram banguelos, carecas, não sabiam se comunicar, tinham que comer quando os pais desconfiavam que eles estavam com fome, tinham que dormir quando os pais desconfiavam que eles tinham sono... Ô mundinho sacal!!!
Mas eles eram felizes com esse mundo de descobertas cotidianas!!!!
Meus sobrinhos ensinaram-me que não adianta se queixar. Temos que seguir em frente, sem perder tempo com as barreiras cotidianas. E SEMPRE com um sorriso no rosto.
Hoje em dia quando a fila não anda, o engarrafamento é quilométrico, o cliente não paga, o velhinho entra na minha frente quando vou ser atendido, o vizinho coloca música alta, o avião atrasa, o ônibus não passa, o carro não pega, o computador "trava", ou coisas do gênero, eu simplesmente penso em meus sobrinhos. Isolo meu mundo exterior, indo virtualmente ao encontro deles... Brinco mentalmente com eles, até sentir a alegria que eu sentiria se eu estivesse realmente ao lado deles.
Por mais incrivel que isso possa parecer, imediatamente a fila anda, o engarrafamento desaparece, o cliente telefona querendo pagar, o velhinho que entrou na minha frente diz que eu posso passar, o vizinho da música alta coloca Pink Floyd, o avião continua atrasando (porém sem irritar-me por isso), o ônibus passa, o carro pega, o computador "destrava"...
Ou seja: Ao não pensarmos no problema que nos azucrina o juizo, soluções surgem "do nada". Ao estarmos em sintonia com o que nossos corações sentem, o mundo nos recompensa de forma positiva. Ao amarmos alguém de tal forma que o mundo exterior "desapareça", o amor que sentimos muda nossas realidades...
Coloco aqui dois videos:
O primeiro é do Arthur Gabriel (Que me ensina cotidianamente que mesmo sendo fortes, grandes e inteligentes sempre precisamos da ajuda de alguém).
O segundo é da Maria Jullya (Que me ensinou, ao nascer, que é nas adversidades que surgem oportunidades).

ARTHUR GABRIEL




MARIA JULLYA

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